domingo, 28 de março de 2010

Personagens secundários
• Duncan Quagmire - O maior sonho de Ducan é tornar-se repórter, por isso tem um caderno de notas verde escuro, onde, ainda criança, exercita a profissão. Os Baudelaire encontraram-no junto com sua irmã na Escola Preparatória Prufrock no livro Inferno no Colégio Interno.
• Isadora Quagmire - Isadora é uma jovem poetisa, e gosta de escrever poesias curtas de duas linhas rimadas (dísticos). Ela tem um caderno como o do irmão, mas preto. Os Baudelaire conheceram-na, junto com seu irmão, na Escola Preparatória Prufrock no livro Inferno no Colégio Interno.
• Quigley Quagmire - Cartógrafo. Violet e Klaus o conheceram enquanto estavam no acampamento dos escoteiros da neve. No início eles não o reconheceram, já que achavam que tinha morrido no incêndio que matou os pais Quagmire, como haviam dito Isadora e Duncan. Ele agora faz parte de C.S.C.,organização secreta em que várias fámilias participavam. Rola um clima entre ele e Violet.
• Sr. Poe - É um banqueiro que a muito tempo é conhece os Baudelaire. É o responsável pela fortuna Baudelaire e pela Quagmire, ou seja, as finanças das crianças, porém não os ajuda quando realmente precisam, pois nunca acredita nos órfãos.
• Esmé Squalor - Namorada de Conde Olaf (até o livro penúltimo), ex-mulher de Jerome Squalor, diz ser a sexta consultora financeira mais importante da cidade. Está sempre preocupada com o que eatá in. Ela ajuda o conde em seus planos pérfidos para capturar a fortuna Baudelaire e Quagmire,etc.
• Jacques Snicket - Um dos irmãos Snickets, que morre no lugar do Conde Olaf pois tem as mesmas descrições que o vilão. Ele que começa a desvendar um pouco dos mistérios para os Baudelaire, quando os encontra na Cidade de C.S.C.
• Fiona Andarré - Mora em um submarino, é micetologista e é enteada do capitão Andarré.Rola um clima entre ela e Klaus, e ela o beija no 11º livro.
• Kit Snicket - irmã de Jacques Snicket e Lemony Snicket,tem uma filha no livro 13 (O fim), só que morre após o parto, deixando a filha nas mãos dos Baudelaire.
Personagens principais
• Violet Baudelaire: Com quatorze anos (a partir do livro undécimo, 15 anos), a mais velha dos Baudelaire. Ela é uma grande inventora. Essa habilidade colaborou várias vezes com a sobrevivência dos irmãos. Sempre está pensando numa nova obra. Para isso, prende seu cabelo com uma fita, para o seu cabelo não atrapalhar sua concentração.
• Klaus Baudelaire: Com doze anos (depois do sétimo livro, 13), amante dos livros, o irmão do meio emprega seu conhecimento em descobrir maneiras de fugir do Conde Olaf. O fato de a família ter tido uma vasta biblioteca em sua mansão deve ter lhe dado uma grande tristeza quando sua casa foi incendiada.
• Sunny Baudelaire: A mais nova dos Baudelaire deixa qualquer dentista espantado com sua capacidade de morder. Em toda oportunidade, Sunny usa seus quatro afiados dentes. Ela também tem habilidades culinárias, à medida que ela vai se desenvolvendo. Sunny tem um vocabulário pouco inteligível, que vai sendo corrigido pelo autor.
• Conde Olaf: Arqui-inimigo dos Baudelaire, responsável pelo incêndio na mansão Baudelaire (e, aparentemente, em outras mansões também), de péssima aparência, revoltante. Trabalhava como um ator antes de ganhar a tutela dos jovens Baudelaires, e o fato de conseguir atuar e seu grupo social ser formado por atores também o ajudou a tentar capturar as crianças nos livros que sucedem ao primeiro, já que ele conseguia enganar os outros tutores que ajudariam e cuidariam dos Baudelaires. Foi o primeiro tutor dos órfãos e os persegue em busca da fortuna dos Baudelaire e de outras crianças órfãs, como
Ambientação
A história parece ser ambientada em uma versão alternativa e "atemporal" da Terra, com semelhanças estilísticas tanto com o século XIX quanto com a década de 1930, mas com conhecimento científico contemporâneo e, aparentemente, anacrônico. Um exemplo dessa "desconexão tecnológica" é visto em O Hospital Hostil, onde os Baudelaire enviam uma mensagem em código morse por meio de um telégrafo, enquanto no mesmo Armazém Geral Última Chance há cabos de fibra óptica à venda. Um "computador avançado" aparece em Inferno no Colégio Interno, e, apesar de obsoleto para os padrões atuais, é mais avançado que os primeiros computadores a serem produzidos. A ambientação já foi comparada à do filme Edward Mãos de Tesoura no aspecto de ser um "gótico suburbano". Embora a versão cinematográfica ambiente a história em Boston, Massachusetts, localidades reais raramente aparecem nos livros, embora muitas sejam mencionadas. Por exemplo, em A Sala dos Répteis, o tio Monty e os Baudelaire planejam uma viagem ao Peru; há também referências a uma nobreza ficcional de regiões reais da América do Norte, especificamente a Duquesa de Winnipeg e o Rei do Arizona.
A série narra as aventuras de três irmãos muito inteligentes, os órfãos Baudelaire. Violet Baudelaire, a mais velha, é uma inventora e tem catorze anos quando a série se inicia; Klaus Baudelaire, o irmão do meio, é um grande leitor e tem onze anos no começo da trama; e Sunny Baudelaire, a caçula, é um bebê que gosta de morder objetos e fala em uma linguagem compreensível apenas para seus irmãos (sua fala vai se desenvolvendo ao longo da série). A história parte do momento em que as crianças são informadas de que seus pais faleceram em um terrível incêndio que ocorreu em sua mansão, destruindo-a. No primeiro livro, as crianças vão viver sob tutela de um primo distante, o Conde Olaf, um homem terrível e pouco higiênico que tenta roubar a enorme fortuna que seus pais lhes deixaram.
Em cada livro as crianças são levadas a um novo tutor excêntrico; o Conde Olaf sempre os acha onde quer que estejam, aparecendo em disfarces ridículos com um plano diferente para roubar a fortuna das crianças. Aparentemente, os únicos que não são enganados pelos disfarces são os Baudelaire. A série segue nesse formato até o sétimo livro, quando os papéis são trocados, e do livro oitavo ao duodécimo as próprias crianças usam disfarces e são perseguidas pela polícia, após serem falsamente incriminadas pelo Conde Olaf.
A partir do quinto livro da série as crianças vão descobrindo o segredo que envolve suas vidas e a vida e morte de seus pais. Neste livro, as crianças são enviadas a um internato, onde conhecem os irmãos Quagmire, que também perderam os pais e um irmão em um incêndio. Nos próximos livros as crianças vão compreender que os incêndios não foram mera coincidência, e eventualmente descobrem que seus pais faziam parte de uma organização, a C.S.C., junto com vários de seus guardiães.
Os irmãos são perseguidos pelo infortúnio aonde vão, mas ocasionalmente algo bom lhes acontece, e eles frequentemente encontram pessoas boas e bem-intencionadas. No fim os Baudelaire têm de contar com suas forças e um com o outro para desvendar o mistério e finalmente encontrar um lugar que possam chamar de lar.
Cada um dos irmãos tem um dom distintivo que os ajuda frequentemente em situações difíceis. Violet sempre cria invenções para ajudá-los, Klaus sempre fornece informações de livros, e Sunny tem dentes afiados que podem morder qualquer coisa. Nos livros finais, Sunny aprende a cozinhar à medida que começa a desenvolver dentes normais, e cozinhar se torna sua habilidade principal. Sunny originalmente falava em palavras únicas, que por vezes continham indicação do significado, faziam referências culturais (no décimo livro, ela diz "Matahari", o que é traduzido como "Se eu ficar, posso espiá-los e descobrir."), ou eram de outras línguas ("Shalom" or "Sayonara"), mas eventualmente ela aprende a falar em frases completas.

A maioria dos livros na série se inicia aproximadamente no ponto onde o livro anterior terminara, e as tramas dos primeiros sete livros todas seguem o mesmo padrão básico: cada livro tem treze capítulos (à exceção de O Fim, que tem 14, resultando em 170 capítulos no total) e introduz um novo local onde os Baudelaires conhecem um novo tutor, que costuma ter um nome literário. O local onde se passa a história de cada livro é normalmente identificado pelo título. A respectiva habilidade especial de cada órfão é posta em prática em algum ponto da trama; Violet sempre tem algo a inventar, Klaus sempre acha uma biblioteca onde pode fazer pesquisas, e Sunny sempre tem algo a morder (ou, nos livros posteriores, cozinhar, quando desenvolve suas habilidades culinárias). A exceção é O Escorregador de Gelo, no qual Violet e Klaus invertem os papéis, ele sendo o inventor e ela a pesquisadora.
Lemony Snicket frequentemente explica palavras e analogies de maneira incongruentemente detalhada. Ao descrever uma palavra que o leitor pode não conhecer, ele tipicamente diz “uma palavra que aqui significa…”. Às vezes, quando uma pessoa adulta está dizendo o que significa uma palavra, Klaus diz que ele e suas irmãs já sabem o que a palavra quer dizer.
Apesar da absurdidade que domina o enredo dos livros, Lemony Snicket continuamente afirma que a história é verdadeira e que é seu solene dever registrá-la. Snicket frequentemente se desvia da história para discutir satiricamente suas opiniões sobre diversos assuntos, ou sua vida pessoal. Os detalhes de sua suposta vida pessoal são grandemente absurdos, incompletos e não explicados em detalhe. Por exemplo, ele afirma ter sido perseguido por uma turba furiosa por dezesseis milhas. No entanto, alguns detalhes de sua vida são de certo modo explicados em sua autobiografia fictícia.
A narração e comentário de Lemony Snicket são caracteristicamente cínicas e abatidas. Na descrição de cada livro, ele avisa o leitor da miséria que poderá experienciar lendo sobre os órfãos Baudelaire e sugere que se abandone os livros. Entretanto, ele também fornece grande ‘’comic relief’’ com humor sombrio. A narração de Snicket foi descrita como “autoconsciente” e “pós-moderna”.
Snicket mostra grande aversão a elementos macabros, mas também desprende um senso de escrúpulos. Ao relatar atos de coragem ou resiliência da parte dos Baudelaire, Snicket muitas vezes se chama de covarde, explícita ou implicitamente. Seu tom trai admiração pelas crianças, além de sua grande insegurança. Esse contraste entre as ações dos Baudelaire e as reações estupefatas e reverentes de Lemony Snicket ressalta um dos temas dos livros. Ao enfatizar a vitalidade dos órfãos Baudelaire, Daniel Handler parece encorajar o leitor a achar coragem nele ou nela mesma e em seus amigos e, se não desafiar o desalento, ao menos não crer nele por inteiro. Deste modo ele usa a persona de Lemony Snicket como um amálgama aos Baudelaires.
Snicket traduz a mais jovem órfã Baudelaire, Sunny, que nos livros inciais só e capaz de dizer palavras ou expressões que só fazem sentido para seus irmãos. Isso se torna menos comum à medida que ela começa a dizer palavras reais, uma de suas primeiras frases longas sendo “Não sou um bebê” para sua irmã em O Escorregador de Gelo.
Quando descreve um personagem que os Baudelaires já encontraram em um livro anterior, Snicket descreve o personagem primeiro e não revela seu nome até que ele tenha sido minuciosamente descrito. Lemony Snicket começa cada livro com uma “dissecação pós-moderna da experiência de leitura” antes de conectá-la de volta à apresentação da história dos Baudelaires e sua situação no momento. Snicket frequentemente usa aliteração (sons iniciais repetidos em palavras consecutivas) para batizar lugares na história. Ele também o faz com os títulos dos livros em inglês, que, salvo o último, seguem esse formato (nas edições em português, apenas alguns são dessa maneira, como O Elevador Ersatz).
Um tema que se torna mais prevalente à medida que a série avança é a simultânea importância e inutilidade dos segredos. No livro final, O Fim, o conceito é especialmente importante, discutido durante muitas páginas. No fim, entretanto, o mistério dos órfãos Baudelaire nunca é solucionado. O vasto segredo constituído pela C.S.C., o Conde Olaf, os pais dos órfãos, e daí em diante permanece um mistério. Há diversas interpretações possíveis sobre isso – que os segredos são desimportantes, ou que é melhor que algumas coisas permaneçam insolucionadas, por exemplo. Pistas indicando esse fim existem nas introduções livros, como o leitor é constantemente aconselhado a largar os livros e informado de que não acabarão bem.
Crítica social é um grande elemento nos livros, que não raro comentam sobre as aparentemente inescapáveis loucuras da natureza humana. Apesar de os livros serem melodramáticos e escapistas, eles também retratam a “sinistra ameaça de um demasiado real mundo adulto”. Os livros consistentemente mostram as crianças Baudelaire como livres-pensadoras e independentes, enquanto os adultos ao redor deles obedecem à autoridade e sucumbem à psicologia da turba, pressão grupal, ambição e outros males sociais. O aprendizado é levado em alta conta: as pessoas “lidas” são frequentemente personagens simpáticos, enquanto os que rejeitam o conhecimento são vilãos.
Os livros têm um forte tema de relativismo moral; os Baudelaires se tornam mais confusos ao longo da série quanto à diferença entre certo e errado, temendo terem feito coisas más eles próprios e se perguntando se os fins justificam os meios. No último livro, em uma alusão ao livro do Gênesis, uma cobra oferece às crianças uma maçã capaz de salvar vidas.
São mostradas características simpáticas dos personagens maus, que frequentemente viveram vidas difíceis. De maneira semelhante, os defeitos dos personagens bons se tornam grandes problemas. Quase todo personagem importante nos livros viveu uma vida tão difícil quanto a dos Baudelaires, especialmente os vilãos. Os livros destacam a inevitabilidade da tentação e das decisões morais, independente da situação exterior. Isso indica que, independente das influências externas, cada um sempre tem a escolha final quanto a ser bom ou mau. Personagens que tomam decisões corajosas para revidar e se encarregar são quase sempre “bons” e personagens que simplesmente vão com o fluxo acabam “maus”. Não obstante, as pessoas também são descritas como nem boas nem más, e sim uma mistura dos dois.
No fim de cada livro, há uma carta ao editor, que lhe explica como receber o manuscrito do próximo livro. Snicket está escrevendo do local onde se passa o próximo livro e revela seu título. Snicket também observa que os editore terão acesso a vários objetos junto com o manuscrito, todos eles tendo algum impacto na história do livro por vir. Nos primeiros três livros, as cartas são em papéis ordinários. No entanto, a partir do quarto livro (que anuncia o quinto) cada carta tem uma característica específica a ver como o próximo livro, como bordas rasgadas, material de escrita elegante, papel encharcado, ou forma de telegrama. As cartas mudam dramaticamente a partir da que fala de O Espetáculo Carnívoro (presente no livro oitavo). Esta carta é rasgada em pedaços, e só alguns restam, um deles mostrando o título. O restante das cartas é difícil de ler, e algumas não mostram o título em absoluto. No final de ‘’O Espetáculo Carnívoro’’, várias palavras não estão visíveis; Lemony Snicket diz que a máquina de escrever está ocasionalmente congelando devido ao ar frio das Montanhas de Mão-Morta. A carta sobre ‘’A Gruta Gorgônea’’ tem tinta molhada. No fim de ‘’A Gruta Gorgônea’’, há várias cartas e cada uma está rasgada pela metade. A carta (escrita em um guardanapo) sobre o ultimo livro da série diz simplesmente: “Ao meu amável editor: o fim está próximo”. Respeitosamente, Lemony Snicket. Sem revelá-lo explicitamente, Snicket mostra o título do útimo livro
ORIGEM
O autor da série, Daniel Handler, disse em entrevista para a revista virtual The A.V. Club que ele decidiu escrever uma história para crianças quando procurava por um editor para seu primeiro romance, The Basic Eight. Uma das editoras, HarperCollins, não aceitou o romance, mas os editores se interessaram em que ele escrevesse um livro infantil. Handler inicialmente achou uma péssima ideia, mas se encontrou com eles para discutir o livro. Eles o desafiaram a escrever o livro que gostaria de poder ter lido quando tinha 10 anos. Ele então retocou um manuscrito que tinha para um livro gótico jocoso para adultos, que se tornou um "romance gótico sobre crianças crescendo em situações terríveis", um conceito que agradou aos editores, para a surpresa de Handler. O primeiro livro da série foi The Bad Beggining, lançado em 30 de setembro de 1999.